Expansão de Maxila Assistida Cirurgicamente e Cirurgia Ortognática no Tratamento de Maxila Hipoplásica: Relato de Caso Orto-Cirúrgico

Resumo

A má oclusão de Classe III de origem esquelética, quando associada a uma discrepância de moderada a severa, compromete não apenas a função oclusal e mastigatória, mas também a estética facial, caracterizando-se frequentemente por um perfil côncavo. Nesses casos, a cirurgia ortognática constitui a abordagem terapêutica de escolha. Além da deficiência maxilar no sentido ântero-posterior, é comum a presença de comprometimento transversal, resultando em mordida cruzada posterior uni ou bilateral. Em pacientes adultos, devido à maturação esquelética e à ossificação da sutura palatina mediana, a Expansão Rápida da Maxila Assistida Cirurgicamente (ERMAC) torna-se uma alternativa eficaz e indicada. O presente trabalho tem como objetivo relatar o caso clínico de uma paciente jovem portadora de deformidade dentoesquelética de Classe III associada à atresia maxilar, tratada por meio de abordagem ortodôntico-cirúrgica, com a realização de ERMAC seguida de cirurgia ortognática. Apesar da complexidade do tratamento, que envolveu dois procedimentos cirúrgicos, foi possível concluí-lo em um período de 20 meses, tempo inferior à média descrita na literatura, resultado atribuído ao alto grau de adesão da paciente e à atuação integrada da equipe multidisciplinar.