Relato de Caso Clínico: Sífilis secundária em uma criança sem histórico de abuso sexual
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Resumo
Este relato de caso pediátrico detalha os desafios diagnósticos e terapêuticos da sífilis secundária em uma criança de seis anos que apresentava lesões orais e condiloma lata perianal. O diagnóstico foi confirmado pelo teste do Laboratório de Pesquisa de Doenças Venéreas (VDRL), e o tratamento bem-sucedido foi realizado com penicilina benzatina. O caso apresentou complexidades diagnósticas significativas, necessitando a avaliação de três potenciais rotas de transmissão: sífilis congênita tardia, abuso sexual e transmissão não sexual. O abuso sexual foi minuciosamente investigado e descartado após uma avaliação extensiva de quatro meses por uma equipe multidisciplinar composta por um psicólogo, enfermeiro, assistente social e especialista em doenças infecciosas pediátricas. Por fim, a transmissão não sexual, provavelmente de um membro da família não tratado, surgiu como a causa mais plausível, sustentada pela observação de condições de vida superlotadas e práticas de higiene inadequadas no ambiente da criança. Este caso destaca a necessidade de avaliações diagnósticas abrangentes, incluindo a consideração de todas as possíveis rotas de transmissão, na gestão da sífilis pediátrica. Intervenções de saúde pública focadas em melhorar as condições de vida e práticas de higiene são essenciais para prevenir casos semelhantes.
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