Acidente Vascular Isquêmico em uma Criança com Anemia Falciforme, Forame Oval Patente e Síndrome de Moya-Moya: Os Desafios na Implementação de uma Estratégia de Prevenção Secundária
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Resumo
Os acidentes vasculares cerebrais (AVCs), tradicionalmente considerados condições que afetam adultos, também podem ocorrer na população pediátrica, onde sua raridade frequentemente atrasa o diagnóstico. Este relato descreve o caso de um menino de sete anos com anemia falciforme, admitido com déficits motores no lado esquerdo. O paciente havia apresentado febre e prostração no dia anterior. Exames laboratoriais revelaram anemia grave (hemoglobina 6,7 g/dL). Durante a hospitalização, um ecocardiograma transtorácico identificou um forame oval patente (PFO) com fluxo atrial da esquerda para a direita e dilatação das câmaras esquerdas do coração. Imagens cerebrais mostraram lesões nas zonas limítrofes vasculares, enquanto a angiografia cerebral confirmou estenose grave na artéria carótida interna e um padrão de Moyamoya. Após investigação etiológica, os sintomas foram atribuídos a um AVC isquêmico. Terapias antimicrobiana empírica, transfusões de sangue e tratamento antiplaquetário foram iniciados. Dois mecanismos potenciais para o AVC foram identificados: PFO e síndrome de Moya-moya (MMS). A coexistência dessas condições raras em um paciente pediátrico apresentou desafios diagnósticos e terapêuticos únicos. A MMS foi considerada a causa primária do AVC devido aos achados característicos de imagem e ao histórico de anemia falciforme do paciente. Este caso destaca as complexidades no manejo de AVCs pediátricos com patologias duplas e a importância de uma abordagem multidisciplinar. Ele avança o entendimento clínico ao demonstrar como o PFO complica a prevenção secundária na MMS e enfatiza a necessidade de estratégias de tratamento individualizadas e acompanhamento de longo prazo para otimizar os desfechos.
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