Deiscência de anastomose colorretal - uma solução com quali-dade de vida – Relato de Caso
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Resumo
O câncer retal é a quinta neoplasia mais frequente em ambos os sexos em Portugal. A ressecção retal anterior tornou-se o padrão ouro no tratamento dessa condição, e o tratamento cirúrgico é a única cura. A taxa de fístula anastomótica retal baixa (AL) é de aproximadamente 10% de todas as ALs na cirurgia colorretal. O manejo da AL é variável e pode ser desafiador. A Endo-SPONGE® (um tipo de terapia endoscópica a vácuo (EVT)) tem sido aplicada no manejo das ALs após a cirurgia colorretal. Na literatura, a EVT tem demonstrado acelerar a cicatrização da ferida, aumentando o fluxo sanguíneo local, reduzindo a carga bacteriana e estimulando o crescimento do tecido de granulação; possui as vantagens de ser menos invasiva do que a cirurgia, reduzir o tempo de internação hospitalar e diminuir o risco de complicações; entretanto, pode apresentar alguns riscos, como sangramento, infecção, perfuração intestinal e obstrução intestinal. Neste artigo, descrevemos a EVT como um método para tratar a AL após a ressecção retal, que parece ser uma modalidade de tratamento minimamente invasiva, segura e eficaz para pacientes com uma fístula colorretal significativa sem peritonite generalizada, com altas taxas de sucesso clínico e técnico.
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