O CENÁRIO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO BRASIL: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Main Article Content

Beatriz Barbosa Bezerra
Lara de Azevedo Martins
Maria Clara Oliveira da Costa
Mariana de Freitas Pereira
Tiago Ian Regis Vidal

Abstract

INTRODUÇÃO: A violência obstétrica (VO) é considerada uma violação dos direitos das mulheres grávidas em processo de parto, que inclui perda da autonomia e decisão sobre seus corpos. Na experiência das mulheres brasileiras, a violência obstétrica tornou-se rotina, prevalecendo o desrespeito, a humilhação e a discriminação racial, econômica e social. Dados do Ministério da Saúde mostram as mulheres diariamente sendo vítimas de maus tratos dentro das instituições hospitalares, de modo que, a cada quatro mulheres, uma sofre violência no parto. Objetivo: Resumir, analisar e identificar questões acerca da violência obstétrica no Brasil e suas influências na base biopsicológica das pacientes. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os casos de violência obstétrica relacionam-se intimamente às cirurgias cesarianas, ao uso desmedido de ocitocina e à falta de consentimento para com a paciente. Além disso, a baixa renda individual e familiar associada à falta de acompanhante durante o momento do parto são outros fatores relacionados. CONCLUSÃO: Há uma imensa fragilidade da rede pública brasileira de saúde em prevenir e identificar os casos de violência obstétrica, cenário esse que reforça a impunidade dos agressores e a marginalização das vítimas.

Article Details

How to Cite
Bezerra, B. B., Martins, L. de A., da Costa, M. C. O., Pereira, M. de F., & Vidal, T. I. R. (2022). O CENÁRIO DA VIOLÊNCIA OBSTÉTRICA NO BRASIL: UMA REVISÃO DE LITERATURA. Brazilian Journal of Case Reports, 2(Suppl.3), 744–749. https://doi.org/10.52600/2763-583X.bjcr.2022.2.Suppl.3.744-749
Section
Pôster Simples
Author Biographies

Beatriz Barbosa Bezerra, Graduando em Universidade Potiguar

Graduando em Universidade Potiguar

Lara de Azevedo Martins, Graduando em Universidade Potiguar

Graduando em Universidade Potiguar

Maria Clara Oliveira da Costa, Graduando em Universidade Potiguar

Graduando em Universidade Potiguar

Mariana de Freitas Pereira, Graduando em Universidade Potiguar

Graduando em Universidade Potiguar

Tiago Ian Regis Vidal, Graduando em Universidade Potiguar

Graduando em Universidade Potiguar

References

DINIZ, Simone Grilo et al . Violência obstétrica como questão para a saúde pública no Brasil: origens, definições, tipologia, impactos sobre a saúde materna, e propostas para sua prevenção. J. Hum. Growth Dev., São Paulo , v. 25, n. 3, p. 377-384, 2015.

PICKLES, Camilla. Eliminating abusive ‘care’: A criminal law response to obstetric violence in South Africa. South African Crime Quarterly, v. 54, p. 5-16, 2015.

CUNHA, Camila Carvalho Albuquerque. Violência obstétrica: uma análise sob o prisma dos direitos fundamentais. 2015. 46 f. Monografia (Bacharelado em Direito)—Universidade de Brasília, Brasília, 2015.

VIEIRA, Raquel Santana. Violência Obstétrica – Práticas no processo do parto e nascimento: Uma revisão integrativa. Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2016.

Brasil. Ministério da Saúde. Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS. Brasília; CONITEC; 2016. tab.

ZANARDO, Gabriela Lemos de Pinho et al. Violência obstétrica no Brasil: uma revisão narrativa. Psicologia & sociedade, v. 29, 2017.

DA SILVA, Fabiana Laranjeira; SOUZA, Ana Lívia Siqueira; LEITE, Cláudia Daniele Barros. Reflexões sobre as agressões causadas ao psicológico materno pela violência obstétrica: um estudo de revisão integrativa. Revista Uningá, v. 56, n. S1, p. 159-171, 2019.Martins FL, Silva BO, Carvalho FLO, Costa DM, Paris LRP, Junior LRG, et.al. Violência obstétrica: uma expressão nova para um problema histórico. Rev. Saúde em Foco. 2019.

D1973. DECRETO Nº 1.973, DE 1º DE AGOSTO DE 1996. Promulga a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher, concluída em Belém do Pará, em 9 de junho de 1994.

BRASIL. Ministério da Saúde. Humanização do parto e do nascimento. Universidade Estadual do Ceará. – Brasília, 2014. 465 p.: il. – (Cadernos HumanizaSUS; v. 4).

Most read articles by the same author(s)