PRINCIPAIS AVANÇOS NO TRATAMENTO DO LINFOMA NOS ÚLTIMOS ANOS

Abstract

Introdução: A partir de investimentos em estudos e pesquisas, várias áreas da ciência se beneficiam com os avanços proporcionados, incluindo a medicina, apresentando inovações nos campos de diagnóstico, profilaxia, rastreamento e manipulação genética. Por isso, o presente estudo visa analisar os avanços no tratamento do linfoma, o câncer do sistema linfático, que inclui os gânglios linfáticos, o baço, o timo e a medula óssea. Objetivos: Identificar os principais avanços no tratamento do linfoma nos últimos anos. Metodologia: Foi feita uma revisão narrativa nas bases de dados indexadas LILACS, PubMed e Scielo, utilizando-se dos descritores “Lynphoma” acompanhados de “treatment” AND “improvement”. Os critérios de inclusão englobam: artigos completos e de livre acesso, publicados a partir de 2012 em português ou inglês. Foram excluídos os estudos que não atendem a dúvida de pesquisa, publicações repetidas ou em formato de cartas ao editor, resumos, editoriais, capítulos de livros, resenhas de livros, relato breve, teses e dissertações. Foram encontrados 7,391 estudos na plataforma PubMed e 0 nas demais, dentre os quais 4 foram selecionados e lidos na íntegra para produção do artigo. Revisão de literatura: De acordo com a literatura analisada, é notório ainda a dificuldade no estabelecimento de um tratamento padrão para o linfoma. Todavia, é válido mencionar que atualmente as modalidades de tratamento utilizadas são direcionadas para a quimioterapia, radioterapia e imunoterapia, sendo essa última o destaque para pesquisas e avanços na área. Nesse sentido, estudos de extrema relevância estão sendo desenvolvidos com os chamados “Chimeric Antigen Receptor-engineered T cells (CAR-TS)”. Estes têm a capacidade de se ligar a um antígeno específico na superfície do linfoma. Da mesma forma, quando descoberto o anticorpo anti-CD-20 rituximab dos linfomas de célula B e, posterior aprovação do rituximabe em 1997, ocorreu um impacto positivo no tratamento dessa patologia. Assim, nota-se a grande magnitude dos anticorpos monoclonais e a evolução terapêutica para os linfomas. Ademais, outro ponto de progresso em andamento nas pesquisas são as que envolvem as pequenas moléculas ativadas ou desenvolvidas em pacientes com linfoma, a exemplo da via fosfatidilinositol-3-quinase (PI3K)/akt/mTOR, da desacetilação de histonas e do proteassoma, todos com potencial para serem exploradas no tratamento, uma vez que estão presentes clinicamente no processo de desenvolvimento dos linfomas, seja pelo seu aumento ou por estarem presentes em algum tipo de regulação. Conclusão: Conclui-se então que, embora seja desafiador alcançar um manejo padrão para os linfomas, os avanços relacionados ao tratamento demonstram-se promissores. Com ênfase nas inovações das modalidades de imunoterapia, destaca-se o desenvolvimento de estudos com “Chimeric Antigen Receptor-engineered T cells (CAR-TS)”. Além disso, a descoberta do anticorpo anti-CD-20 rituximab, a aprovação do rituximabe e as pesquisas com pequenas moléculas desenvolvidas nestes pacientes são avanços de grande relevância no tratamento dos linfomas. É preciso, no entanto, aguardar o resultado de estudos e avaliações adicionais para estabelecer a incorporação destas terapias como tratamento eficaz.