O manejo da hemorragia digestiva alta varicosa na urgência
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Resumo
Introdução: A hemorragia digestiva alta (HDA) é geralmente conceituado como sangramento proximal ao ligamento de Treitz, o que leva à hematêmese, melema ou a episódios de sangramento com origem obscura. Sendo assim, os pacientes classificados como de risco muito baixo de necessidade de intervenção ou óbito, podem ser manejados ambulatorialmente. Contudo, a duração, gravidade e o volume do sangramento são particularidades essenciais a serem analisadas para fins de gerenciamento. Objetivo: Analisar o melhor manejo e a conduta em pacientes com HDA varicosa. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa onde a busca ocorreu na PubMed e LILACS. Como estratégia, utilizou-se artigos completos, publicados entre 2018 a 2022, no idioma português e espanhol e os descritores “hemorragia digestiva alta varicosa”, “diagnóstico” e “tratamento”. Resultados e Discussão: Encontrou-se quinze publicações. Após a leitura dos resumos, foram selecionados cinco. A endoscopia precoce, realizada dentro de 24 horas da apresentação do episódio, é recomendada na maioria dos pacientes, pois confirma o diagnóstico e permite o tratamento endoscópico de maneira direcionada, incluindo injeção de adrenalina, termocoagulação, aplicações de bandas e clipes. Contudo, apesar do sucesso da terapia endoscópica, o ressangramento pode acontecer em torno de 10 a 20% dos pacientes. Ademais, nesses casos é recomendado realizar uma segunda tentativa de terapia endoscópica. Pode acabar sendo necessário realizar a arteriografia com embolização ou cirurgia se houver um sagramento persistente e grave. Nesse sentido, o foco principal será restabelecer o status hemodinâmico do paciente, seguido pela endoscopia precoce, como também o octreotídeo intravenoso deve ser realizado precocemente nos casos em que haja suspeita de varizes. Conclusão: Em suma, a endoscopia segue sendo o método de escolha para intervenção de sangramentos varicosos, porque resulta em morbidade reduzida e minimiza as internações hospitalares, os perigos de sangramentos recorrente e a necessidade de cirurgia nos pacientes que apresentam mais instabilidade hemodinâmica.
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Referências
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