AVALIAÇÃO TOXICOLÓGICA DA RIPARINA B SEGUNDO PROTOCOLO Nº 423 (OCDE)
Conteúdo do artigo principal
Resumo
INTRODUÇÃO: A riparina B apresenta atividades farmacológicas significativas, tais como efeitos ansiolíticos e antidepressivos em modelos animais e ansiedade e depressão. Entretanto, há um “gap” quanto a estudos toxicológicos. OBJETIVO: Avaliar a toxicidade por dose única da riparina B in vivo, com intuito de verificar sua segurança para uso como substância bioativa em formulações farmacêuticas. MÉTODOS: O estudo experimental de toxicidade in vivo ocorreu de acordo com a
diretriz 423, preconizada pelo guia para ensaios toxicológicos Guideline for Testing of Chemicals da OCDE. A riparina B foi sintetizada no laboratório de química farmacêutica da Universidade Federal do Piauí e emulsificada com Tween 80 0,05%. Os animais foram tratados com a riparina B nas doses 300 e 2000 mg/kg, via oral (gavagem), em uma única dose e observados durante 14 dias. Foram realizadas análises comportamentais, hematológicas e bioquímicas. RESULTADOS: Durante o ensaio de toxicidade aguda com dose única da riparina B não foi observada nenhuma alteração comportamental ou alteração nos parâmetros hematológicos e bioquímicos, nem modificação de reflexos ou morte dos animais tratados. A ausência de mortes nos grupos tratados após 14 dias de observação determinou o valor de DL50 acima de 2000 mg/kg, classificando a riparina B como uma substância de baixa toxicidade aguda. CONCLUSÃO: A riparina B foi considerada uma substância de baixa toxicidade, conforme o protocolo utilizado, o que sugere a sua utilização de forma segura como uma molécula ativa.
Detalhes do artigo

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Referências
ARAÚJO, E. J. F. et al. Pathophysiological investigations, anxiolytic effects and interaction of a semisynthetic riparin with benzodiazepine receptors. Biomed. Pharmacother. v.103, p.973-981, 2018.
ARAÚJO, E. J. F. et al. Synthesis, characterization and cytotoxic evaluation of inclusion complexes between Riparin A and b-cyclodextrin. Journal Molecular Estructure, v. 1142, n. 1, p. 84-91, 2017.
CASTELO-BRANCO, U. V. et al. Preliminary pharmacological studies on three benzoyl amides constituints of Aniba riparia (Ness) Mez (Lauraceae). Acta Farmaceutica Bonarense, v. 19, p. 197-202, 2000.
CHAVES, R. C. et al. Reversal effect of Riparin IV in depression and anxiety caused by corticosterone chronic administration in mice. Pharmacology, Biochemistry and Behavior, v. 180, p. 44-51, 2019.
LOPES, I. S. et al. Riparin II ameliorates corticosterone-induced depressive-like behavior in mice: Role of antioxidant and neurotrophic mechanisms. Neurochemistry International, v. 120, p. 33- 42, 2018.
MAFUD, A. C. et al. Antiparasitic, structural, pharmacokinetic, and toxicological properties of riparin derivatives. Toxicology in vitro, v. 50, p. 1-10, 2018.
NUNES, G. B. L. et al. Behavioral tests and oxidative stress evaluation in mitochondria isolated from the brain and liver of mice treated with riparin A. Life Sciences, v. 121, p. 57-64, 2015.
NUNES, G. B. et al. In vitro antioxidant and cytotoxic activity of some synthetic riparinderived compounds. Molecules, v. 19, n. 4, p. 4595-4607, 2014.