REABILITAÇÃO FUNCIONAL DE FISSURA PALATINA UTILIZANDO A TÉCNICA DE VON LANGENBACK ASSOCIADO A VELOPLASTIA INTRAVELAR

Abstract

Introdução: Entre as malformações congênitas craniofaciais, as fissuras labiopalatinas, são as mais comuns, sendo estas caracterizadas pela falha na fusão dos processos maxilares e palatinos em um período precoce da fase intrauterina, podendo trazer diversas consequências funcionais, além de sequelas sociais e psicológicas durante a vida adulta desses pacientes. Pacientes com fissura labiopalatina, geralmente necessitam de múltiplas cirurgias reconstrutivas, que geralmente são iniciadas em uma idade muito precoce e progridem até que resultados funcionais e esteticamente satisfatórios sejam obtidos, entre elas está a palatoplastia. Ao longo dos anos, várias técnicas foram descritas para o reparo cirúrgico da fissura palatina, mas a que mais se destaca é a técnica de Von Langenback associada à veloplastia intravelar, que tem o objetivo do fechamento primário do palato, associado ao reposicionamento da musculatura da região, melhorando efetivamente aspectos funcionais do paciente. Objetivo: O objetivo do presente trabalho é apresentar o caso de uma paciente do sexo feminino, atualmente com 6 anos de idade, na qual apresentava uma fissura pós forame completa. Foi realizado o procedimento para fechamento da fissura palatina a partir da técnica de Von Langenback com veloplastia intravelar. Relato de caso: A paciente realizou a cirurgia aos 2 anos de idade, e evolui atualmente de maneira satisfatória, com 3 anos de acompanhamento, apresentando bom estado geral, sem queixas funcionais e com melhoria do padrão da fala, sem nasalidade. Atualmente, ela encontra-se ainda em acompanhamento odontológico a nível ambulatorial pela especialidade de ortodontia e tratamento fonoaudiólogo que deve permanecer até a fase adulta, já que a reabilitação do paciente fissurado requer um longo tempo de acompanhamento. Conclusão: É importante salientar que a técnica utilizada apresenta boa efetividade mesmo utilizada ainda em pacientes com maior idade e que o retorno da função é fundamental para a sua inclusão social e qualidade de vida normal.